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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Desabafo de hoje: intolerância

Post de retorno, meus amores!!!

Hoje resolvi sair um pouco do foco e falar um pouco da natureza humana, sobre coisas que eu andei pensando e sobre conselhos que eu gostaria de dar...

Ultimamente uma coisa andou me incomodando bastante: apesar das inúmeras tentativas de se mudar diversos valores estabelecidos socialmente, a exemplo do padrão de beleza estabelecido hoje em dia, com a insurgência de movimentos de valorização da beleza natural (e nisso eu insiro as belezas "diferentes", mulheres mais cheinhas, cabelos que não são lisos, entre muitas outras), o fortalecimento dos movimentos das ditas "minorias"; é nítido pra mim que são justamente as pessoas que fazem parte destas "categorias" as representantes da bandeira da tolerância, enquanto que a grande e esmagadora maioria da população ainda permanece reproduzindo um comportamento degradante e estigmatizador com relação ao outro.


Costumo observar que alguns de nós tomam determinados comportamentos - alguns aprendidos, outros desenvolvidos ao longo da vida, mas que geralmente são reproduções  de algo que alguém lhes disse ou de algo que viram - como valores absolutos, imútaveis, dignos de reverência inclusive. Até aí o problema tá apenas na cabeça de quem o tem...

O ponto xis da questão vem no momento em que se resolve externar opiniões ou atos que agridem o outro. E aí você solta algum comentário maldoso, faz alguma fofoquinha, por mais inocente que seja, parte pra agressões verbais ou físicas...



No meu caso particular, o meio e as pessoas com as quais eu me relaciono, apesar de muito ricos em diversidade de assuntos, de opiniões e de comportamentos, conserva inúmeros preconceitos (tava demorando pra pôr essa palavra aqui, mas ela teve que aparecer de uma maneira ou de outra). E como é que se faz quando o alvo do preconceito, da intolerância é você???

É realmente necessário, é imprescindível para a vida ter que aceitar comentários maldosos das pessoas? "Engolir sapo", no melhor português? Acredito que não.

Já lidei com preconceitos nas mais diversas formas e ambientes que ele possa surgir. Primeiramente, a escola, ambiente hostil, criancinhas prontas pra destilarem os veneninhos que cultivaram em suas cabecinhas em casa. Depois passemos ao ambiente acadêmico, universidade, "pessoas esclarecidas". O preconceito nesse caso só ficou mais mascarado, envolto em discursos políticos, econômicos e etc.

Mas voltando ao foco: a questão do padrão de beleza. A hipocrisia brasileira é tanta, que nossa cultura teima em afirmar que ela mesma é ilusão, que o Brasil possui igualdade, que não há racismo, e, ao mesmo tempo, perpetuando a mulher branca, loira, de olhos claros na TV, nas revistas, na imprensa em geral, como a mais bela, esquecendo das negras, índias e mestiças, de todas as curvas e formas que nós temos.

E é aqui que eu queria chegar... Levanto a bandeira todos os dias de que toda mulher é linda como tem que ser, seja ela verde, sem braço, paraplégica, de olhos de duas cores... Não importa, não interessa mesmo. A beleza tá nos olhos de quem nos ama e no modo como nos sentimos com nós mesmas. O espelho não é seu inimigo, a sociedades também não. E quem não te aceita como você é, é alguém de quem você deve ter pena, e só isso...

Por fim, desabafando (aliás, esse post todo tomou essa direção), não me sinto lesada de forma alguma por quem se mostrou ou se mostra preconceituoso e intolerante comigo. Muito pelo contrário! Desejo de todo coração que essa pessoa cresça e mude seu jeito de pensar, porque é a ignorância que produz o preconceito, assim como é a superação da ignorância que cria a flexibilidade no pensar, no construir do conhecimento. Afinal, estamos todos em evolução e precisamos sempre de mais e mais infomação para, enfim, podermos dizer que não temos um conhecimento absoluto sobre qualquer coisa deste mundo.


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